Reportagem do jornal “DIÁRIO AS BEIRAS 26 MAIO 2010 “
ORIZICULTORES reuniram-se com Direcção Regional de Agricultura
A ASSOCIAÇÃO Portuguesa de Orizicultores (APOR) está preocupada com o futuro do vale do Pranto.
Não apenas com a produção de arroz, mas com todo o ecossistema.
Ontem, no final de uma reunião com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), o presidente da associação afirmou mesmo que “o vale do Pranto está em risco de desaparecer”.
Em causa está a “poluição”, que os orizicultores dizem não saber se provém das estações de tratamento de águas residuais existentes na zona ou das suiniculturas.
Além disso, a não realização das obras de emparcelamento e o aumento dos custos de produção – nomeadamente a taxa de água – poderão levar os orizicultores a abandonar os mais de 2.400 hectares de área cultivada. E “se não houver agricultura” – que na zona se resume ao arroz – “morre todo o ecossistema”, lamenta Isménio Oliveira.
Para debater este e outros assuntos, a APOR irá realizar em Julho (provavelmente no dia 18, no distrito de Santarém). Entre as reivindicações dos orizicultores está a finalização das obras hidroagrícolas do Baixo Mondego, com emparcelamento em todos os vales, e a penalização do “dumping” industrial.
Além do encontro, a APOR vai também envolver os partidos políticos. A Comissão Parlamentar de Agricultura deverá ser convidada a visitar o Baixo Mondego.
Para já, as expectativas dos orizicultores para a próxima colheita não poderiam ser piores. “Nunca vi um ano ter começado tão mal”, diz Jorge Jordão, culpando “o tempo frio e o muito vento”. A intenção já não é ganhar dinheiro, mas sim “não ter prejuízo”.
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