Borda do Campo

Desde há várias gerações que na Borda do Campo existe a tradição da construção de embarcações fluviais.
Essa tradição permanece atá aos dias de hoje com a construção de Barcas.

A Barca é uma embarcação feita em madeira de pinheiro bravo, mede aproximadamente 4,5 metros de comprimento por 1,1 metro de largura.

A sua propulsão é feita por um varejão (vara de eucalipto com cerca de 4 metros de comprimento e com 40 mm de diâmetro de base, tendo um bico para facilitar o seu arranque do lodo dos campos).

Uma das características destas embarcações é o facto de ter o fundo chato, o que lhe permite navegar em zonas onde a água é menos profunda.

É utilizada sobretudo para a navegação nos campos de arroz.

A sua é cor tipica é o preto, devido a ser pintada com breu ou pês (derivado de resina).
Nos dias de hoje devido ao breu ser um material raro e de difícil aplicação, utiliza-se tintas industriais.

Mestre José Augusto do Porto Godinho.

O mestre José Augusto ensina a sua arte a Fernando Ferreira, do Calvino.

À medida que as chuvas vão caindo, os campos vão-se transformando num enorme lago.

Antigamente no tempo das cheias, as barcas eram o meio de transporte para atravessar de uma povoação para outra do outro lado do campo.

As barcas são ainda hoje utilizadas para semear o arroz.

Aqui podemos ver três bonitos exemplares.

Para celebrar o fim da asáfama da sementeira do arroz, desde há alguns anos que se realiza, no primeiro domingo de Maio, a já tradicional Corrida de Barcas no Rio Pranto.

Era assim no passado, com a antiga ponte românica sobre o Rio Pranto.

E é assim agora, com a nova ponte.

Para nós, Bordacampenses, a barca é muito mais que meio de transporte.
É um símbolo que faz parte da cultura e tradição da nossa terra.

 

Para quem gosta de geocaching, aqui está mais uma sugestão de um dia bem passado.

Esta nova cache “A Barca” criada pelo Lino Albano responsável pelo Blogue Trilho Natural

“Esta cache vai proporcionar a todos uma boa caminhada, junto da bela paisagem dos campos de cultivo de arroz. Poderá visitar a cache várias vezes no ano, para poder tirar partido das várias fases de paisagem. Se é geocacher tem a vida facilitada para obter as coordenadas e o acesso á informação da cache. Se não é um geocacher, porque não juntar-se a nós? Se adora a natureza, caminhadas e o desporto este é o momento certo. ” lalbano

 Poderá ver a página oficial da cache em A BARCA