Contacto:
Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo da Borda do Campo
Rua da escola, nº59, Porto Godinho D’Além, Coimbra, Portugal
3090-817 Borda do Campo
Tel.: 233 940 000
e-mail: cruzvermelha.bordadocampo@gmail.com
Site: http://bordacampo.cruzvermelha.pt/
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Coordenadas GPS: N 40º 2.513′ W 8º 44.620′
História da criação da CVP na Borda do Campo
Iniciava-se o ano de 1993, numa freguesia recém-nascida onde faltavam valências indispensáveis ao bem-estar das populações. Perante esta situação, algumas pessoas com imaginação e vontade de ajudar no desenvolvimento e trazer para a freguesia qualquer invento que promovesse o seu engrandecimento, procuravam incessantemente realizar algo de útil para esta região. Foi com este espírito que o jovem Sérgio Rodrigues Gaspar Carriço, já então, socorrista da Cruz Vermelha ao serviço da U.S. Figueira da Foz apercebeu-se que uma Unidade de Socorro com Ambulâncias, era de grande utilidade para esta área porque ficava próxima das populações e terminava com a espera de uma hora pela chegada dos bombeiros em caso de acidente ou doença grave, para levar as vítimas ao Hospital da Figueira da Foz. Passando do pensamento à acção, fez chegar a sua ideia a alguns homens de todas as aldeias da freguesia, e reunindo no dia 9 de Novembro de 1993 na sede do Conselho de Moradores com José Carriço, Gilberto Coelho, Jorge Coelho, Hélder Santos, Paulo Pinto, José Neves, Carlos Marques, Manuel Carvalho, Lucílio Santos, tendo a reunião sido orientada pelo Sérgio Carriço e António Sotto Mayor, comandante da unidade de socorro da delegação da Figueira da Foz, que apresentaram uma ideia muito concreta da utilidade deste órgão para a Borda do Campo, do esforço que exigia, os custos da sua instalação. Embora o que foi dito na reunião não tivesse sido nada encorajador para os presentes, no entanto resolveram avançar com o projecto. Sempre incentivados pelo Sérgio e pelo Sotto Mayor, homens de coragens e convicções a quem o Núcleo da Borda do Campo deve a sua existência. Tempos depois, no mesmo local, o Presidente da Delegação (coronel Alves Sousa) transmitiu o seu acordo à iniciativa prometendo que estaria com a Borda do Campo sempre no que lhe fosse possível. Com acções sucessivas, cada um na sua aldeia, das mais variadas formas conseguiu-se que o senhor José Simões Enguieiro cede-se uma casa para a instalação provisória do Núcleo e foram ouvidas as mais agradáveis opiniões de ajuda das pessoas contactadas.
No dia 26 de Fevereiro de 1994, em reunião o Senhor Coronel Alves Sousa dá posse à Comissão Instaladora do Núcleo.
Legitimados e com responsabilidade sobre nós, à que cativar e convidar as pessoas para a tarefa de angariação de fundos e convidar pessoas para sócios da Cruz Vermelha não só na nossa freguesia mas também no Alqueidão, Louriçal, Marinha das Ondas e Vinha da Rainha e simultaneamente mobilizando jovens para frequentarem o Curso de Socorrismo que oportunamente se iria iniciar. Seguiram-se intensos meses de dedicação e trabalho nas mais diversas formas e áreas solicitando aos emigrantes da nossa região liderados por Juvelino Marques a sua colaboração, tendo estes correspondido, adquirindo uma carrinha que enviaram e que passou a ser a segunda Ambulância, dado que nesta data, já se tinha adquirido uma carrinha que estava a ser transformada em Ambulância. Continuando a nossa tarefa, recebemos o excelentíssimo secretário-geral da Cruz Vermelha que nos informou, por despacho de 01/06/1994, da criação do Núcleo da Cruz Vermelha da Borda do Campo e confirmou-nos a data da proposta de juramento de compromisso de honra dos primeiros socorristas, nessa data em instrução, para 11 de Setembro de 1994 e que iria estar presente, notícia que muito nos honrou. Concluída a instalação do núcleo é conferida posse pelo Senhor Presidente da Delegação da Figueira da Foz, Coronel Cachulo à nova direcção.
Agora o Núcleo começa a dar cumprimento aos fins a que se propôs. Cria a Unidade de Socorro que inicia a sua actividade tendo sido nomeado para seu Comandante o Furriel – Socorrista Sérgio Rodrigues Gaspar Carriço. A direcção faz o balanço do que foi feito, e analisa os seus custos. Conclui que a situação económica é negativa mas não preocupante. Com mais um gesto de solidariedade alguns membros da direcção normalizaram as contas. Dá-se início ao segundo curso de Socorristas, passam alguns tempos é proposto nova direcção e aprovada pelo excelentíssimo senhor presidente da delegação da C.V.P. da Figueira da Foz.
Decorrem três anos de actividade normal, mas com algumas perturbações internas, que terminaram com as eleições de Abril em que concorreram duas listas: a A tem como primeiro elemento José Cordeiro Gaspar Carriço; a B Manuel Mendes dos Santos. A lista vencedora foi a A, a B contestou e as eleições são pugnadas pelo gabinete jurídico da Sede Nacional da C.V.P. que marca novas eleições para Agosto seguinte. Nestas, a lista A concorre com os mesmos elementos e não é apresentada mais nenhuma candidatura. Confirmadas as eleições é conferida a posse pelo Presidente da Delegação da C.V.P. da Figueira da Foz à lista vencedora.
A nova Direcção iniciou contactos com o objectivo de angariar fundos para a construção da Sede para o Núcleo. Da Câmara e das populações da freguesia foram ouvidas opiniões favoráveis, tendo a Câmara Municipal doado à C.V.P. a importância de 2.500.000$00 para pagamento do terreno destinado ao fim já mencionado. Solicita-se a elaboração do projecto que se prolonga por bastante tempo. Reconhece a necessidade de mais uma viatura para a Unidade de Socorro e adquire uma Ambulância Tipo A2. Em Abril de 2003 há eleições tendo concorrido a única lista elaborada pela Direcção em exercício que após confirmada a eleição é dada a posse pelo Presidente da Delegação da C.V.P. ao novo elenco.
A Direcção eleita vem com o propósito de avançar em força com a construção da Sede. Com o Projecto aprovado e o Processo de Financiamento numa fase satisfatória, faziam-se os preparativos para arranque inicial, quando veio de Coimbra a informação que a Sede não podia ser construída porque não estão contempladas no PDM obras destinadas a este fim na freguesia de Borda do Campo. Com a situação da Sede parada por tempo indeterminado a Direcção optou por uma campanha de fundos destinados à aquisição de uma Ambulância para preencher uma necessidade da Unidade de Socorro e o desejo dos seus Socorristas, em melhor servir os que dela precisam. É de realçar a atitude dedicada e generosa das pessoas contactadas cujo contributo foi essencial para a concretização do objectivo pretendido ao qual esta Direcção não pode ficar alheia e a todos transmite os seus sinceros agradecimentos.”
Texto publicado na revista de 2006 do Núcleo da Borda do Campo da Cruz Vermelha Portuguesa